Cristóvão Colombo tentou convencer D. João II afirmando que chegaria na Índia navegando sempre em frente, pelo Atlântico. Versado na ciência náutica, o soberano português não acreditou no projeto.
Passaram-se poucos anos e em 6 de março de 1493, Colombo entrou na barra do Rio Tejo e se dirigiu às pressas para palácio real a fim de anunciar ao monarca que seu projeto fora coroado de êxito.
---- Majestade, disse ele, navegando sempre em frente cheguei, no dia 12 de outubro último, em Cipango, ou melhor,
no Japão de Marco Polo.
Disse com tanta empáfia e arrogância que os fidalgos o advertiram, ameaçando expulsa-lo do palácio.
Para convencer o rei Colombo levou consigo pepitas de ouro, peças de artesanato e um ou dois homens de Cipango.
D. João, depois de acalmar os fidalgos, pronunciou apenas uma frase, dizendo:
----- Almirante, estes homens não parecem indianos...
A cisma continuou durante muito tempo. Para Dom João, Colombo não havia chegado na Índia. Colombo estava equivocado.
O almirante saiu do encontro impressionado com a teimosia do soberano português que, depois de tantos argumentos, teimava em contradize-lo.
Para evitar o ridículo, Colombo espalhou uma carta datada de Lisboa, divulgando a descoberta.
Todos acreditaram na nova rota para as "Índias". A única exceção foi Dom João II que continuava afirmando que Cristóvão Colombo cometeu um erro.
Onze anos depois Américo Vespúcio provou que om. João II estava com a razão: a terra descoberta não era a Índia. Era um Novo Mundo, que passou a ser chamado América.
D. João morreu pouco depois da visita de Colombo. Morreu sem saber que estava com a razão...
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